quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Burzum

  Kristian "Varg" Vikernes (1973) (ou Count Grishnackh ) é o vocalista, guitarrista, baterista, baixista, tecladista fundador da banda de black Metal, Burzum. Foi também baixista do Mayhem no álbum “De Mysteriis Dom Sathanas ”, lançado pela primeira vez 1994.
  Apenas no EP Aske de 1993 que Vikernes contou com a participação de Samoth - integrante da banda Emperor - no baixo. Em 1991 surgia a primeira demonstração do Burzum e, em 1992, um álbum auto-intitulado Burzum foi lançado pela gravadora Deathlike Silence de Euronymous (líder do Mayhem). O nome da banda, assim como o nome “Grishnackh”, foram tirados do livro “O Senhor dos Anéis”, de J.R.R. Tolkien. “Burzum” é uma das palavras que estão escritas em Língua Negra no Anel de Sauron, a última sentença é “ash nazg durbabatuluk agh burzum ishi krimpatul”, que significa “um anel para atrair todos eles e uni-los através da escuridão”. Burzum seria “escuridão”.

Photo: © 2009 Linda Næsfeldt/Dagbladet


História

  No início, o Burzum surgia como Black Metal, na Noruega, mas se dividia ideologicamente entre satanismo e paganismo. O Paganismo vinha relacionado diretamente às raízes culturais nórdicas em geral, como a mitologia e sua história. Porém, a distância causada por esse dualismo ideológico foi aumentando a cada álbum lançado, e a partir de seus últimos álbuns intitulados “Daudi Baldrs” (1997) e “Hlidskjalf” (1999) o Burzum deixava de fazer parte do Black Metal, tanto na temática abordada quanto musicalmente, pois substituía todos os antigos instrumentos por apenas sintetizadores fazendo um estilo de música denominado Dark Ambient - sendo o Dead Can Dance uma de suas inspirações para isto.

  Ele não mais se interessava por Satanismo ou por outras “criações cristãs”, e sim pelos deuses nórdicos e pela “redescoberta da verdadeira raça norueguesa e sua cultura”. Assim, o criador do Burzum abandonava a temática satânica, defendendo idéias que engrandeciam a própria raça e cultura nórdicas. Seu orgulho e adoração pela cultura nórdica eram tantos que foi inevitável sua aproximação com o racialismo, a tradição e a política da extrema direita.

  Em 1993, Varg Vikernes mata a facadas Euronymous, seu colega e integrante da banda Mayhem devido a diferenças ideológicas. Em 1999, Varg Vikernes confirma o fim do seu projeto, e o Burzum acaba. No dia 22 de maio de 2009 ( Dez anos depois ter confirmado o fim do Burzum), Varg Vikernes deixa a prisão e começa a gravação de mais um álbum. Em uma recente entrevista ao jornal norueguês Dagbladet, ele diz que o novo disco será metal e os fãs podem esperar ouvir Burzum de verdade.


Um pouco mais sobre Varg Vikernes:

  Varg Vikernes, a mente por trás do Burzum, nasceu em 11 de fevereiro de 1973, às 21:58 em Bergen, Noruega, onde passou a maior parte de sua infância (exceto por um ano em que foi para o Iraque com seu pai). Segundo Varg: "Se você gosta de florestas e selvageria você adoraria Bergen". Desde o começo Varg parece ter essa ligação com a natureza que o cerca.

  Não num sentido metafísico, nem num sentido prático, Varg tem uma imaginação poderosa e onde outros vêem apenas árvores, ele vê uma paisagem com trolls e elfos dançando entre as sombras. O último norueguês que via isso era o artista Theodor Kittelsen, que pintava fantásticas imagens da Noruega vista pelo seu olho da mente. Depois de Kittelsen as pessoas sucumbiram totalmente aos pontos de vista Judeus-Cristãos de sobrevivência e materialismo. Não é coincidência que Varg tenha escolhido as pinturas de Kittelsen para várias capas de seus álbuns.

  Quando adolescente, no fim dos anos 80, Varg começou a se interessar por Heavy Metal, e, certamente uma parte dessa sua atração era o elemento de rebeldia associado ao estilo. A idéia de se rebelar contra o "sistema" é ainda uma parte do Burzum, do Black Metal e das ideologias Pagãs, simplesmente porque os Judeus/Cristãos estão atualmente no poder. Mas o que faz o Burzum especial - e o que o eleva de um mero status de rebelde - é que Varg tem uma visão bem definida de uma nova sociedade, metas muito reais e atos bastante reais.

  No fim dos anos 80, Varg estava ainda formando sua visão política e musical. Tocou esporadicamente em várias bandas, como Satanel e Old Funeral, mas nenhuma realmente excitava sua imaginação. Em vez de tocar nessas bandas, ele preferia fazer sua própria música, inspirado por paisagens de Tolkien, aumentadas com sua rica imaginação. No começo da década de 90, isso se tornou sua banda-solo, Burzum.

  Mesmo que uma vez ele tenha deixado um músico de estúdio gravar o baixo, Burzum sempre foi responsabilidade só de Varg Vikernes. Em 1991 ele gravou sua primeira demo com o Burzum, instrumental com 3 músicas. Esta demo foi seguida por uma outra com 12 músicas. O primeiro, auto-intitulado, álbum do Burzum foi lançado em 1992 pela Deathlike Silence Production, a gravadora de Øystein Aarseth (Euronymous), líder do Mayhem. Este disco foi re-lançado 3 anos depois pela Misanthropy com o EP "Aske",de 1993 como bônus. Uma curiosidade sobre esses discos é que eles eram divididos em "Side Hate" e "Side Winter".

  Ainda em 1993 foi lançado "Det Som En Gang Var". Mayhem, como Burzum, foi uma das primeiras bandas do Black Metal norueguês, um novo gênero que é mais ou menos uma fusão de Death Metal com uma atmosfera mais tenebrosa e sinistra e letras Pagãs. O que se seguiu foram muitos eventos, que deixaram várias das mais famosas igrejas norueguesas queimadas, Euronymous (entre outros) morto, e Varg preso.

  Sobre as igrejas queimadas, a implicação óbvia - queimando templos cristãos, é declarada uma guerra contra eles. Aí há o tema da revanche. Algumas centenas de anos atrás, os Cristãos destruíram templos pagãos na Noruega e queimaram Pagãos na fogueira. Varg sempre se declarou um soldado de Odin, e as religiões pagãs tinham que ser defendidas.

  Varg (Count Grishnack) e Euronymous eram as duas figuras mais proeminentes na cena Black Metal, e mesmo com uma certa cooperação entre ambos anteriormente, eles estavam com problemas entre eles. Euronymous queria uma imagem mais satânica (musicalmente e ideológicamente) e Varg achava que Satã era só uma criação da Igreja Católica, ele queria um "revival" dos Deuses Nórdicos, e uma redescoberta da verdadeira raça norueguesa e sua cultura. A disputa entre os dois logo se tornou pública.



  No dia 10 de agosto de 1993 Varg dirigiu para o flat de Euronymous em Oslo. Uma briga começou e Euronymous foi apunhalado até morrer. Há rumores de que Euronymous planejava matar Varg Vikernes, e por isso este matou-o. Depois disso, no período que Varg Vikernes era julgado e ia para a cadeia, o selo inglês Misanthropy foi criado para re-lançar os discos do Burzum fora da Noruega.

  Em 1994, depois do aprisionamento, de Varg, foi lançado "Hvis Lyset Tar Oss". O disco tem apenas 4 músicas, mas mais de 45 minutos, sendo todas as músicas grandes épicos. O disco havia sido gravado antes de Varg ser preso. No início de 1996 foi lançado "Filosofem", que chegou às paradas "indie" do Reino Unido e alcançou um sucesso inesperado para um disco de black metal. Este foi o último álbum do Burzum que havia sido gravado antes da prisão de Varg Vikernes.

  Na cadeia Varg estudou ainda mais a cultura da Escandinávia e dos povos Germânicos. Desenvolveu ainda mais suas idéias de uma volta do espírito Pagão. Musicalmente, ele deixou de lado o Metal para tocar só em teclados. Isso resultou em "Daudi Baldrs", lançado em 1997, e que só tem teclados. O disco é conceitual, sobre a morte de Balder, Deus da inocência e da Luz na mitologia nórdica. O disco é inteiramente instrumental.

Sonoridade

  Por diversas vezes tem o seu estilo tido como “Depressive Black Metal” -Black Metal Depressivo- pelo fato de que a maioria de suas músicas levam a grande introspecção e são carregadas de niilismo. Pode-se dizer que Burzum não foi somente um dos pioneiros do Black Metal como também foi o pioneiro do Black Metal Depressivo. Varg também destaca-se pela composição de música ambiente, daí outro título dado a sua música, “Ambient Black Metal”, que sugerem escuridão, isolamento, introspecção, por vezes medo, notando-se influências surrealistas em sua música, ao tentar comunicar-se com o íntimo de cada um, por extensão, com o subconsciente.

  Tal variedade de classificações dadas a sua música é o reflexo da extrema complexidade a que alcançou. Vikernes também possui em suas músicas caráter minimalista que, de modo geral vai se acentuando no decorrer dos álbuns e atinge seu ponto alto nos dois últimos : “Dauði Baldrs” e “Hliðskjálf”.


Filosofia

  Diferentemente dos outros grupos de Heavy Metal, ele propõe uma abordagem pós-moderna da música, com temas e até mesmo um intrumental diferenciado; despindo-se das amarras do belo convencional, propõe novas formas de expressão, que são plenamente entendidas quando se analisa as verdadeiras razões do uso de uma sonoridade tão incovencional.




Discografia

Demos

  (1991) Burzum I
  (1991) Burzum II
  (1992) Burzum

Álbuns

  (1992) Burzum
  (1993) Aske
  (1993) Det Som Engang Var
  (1994) Hvis Lyset Tar Oss
  (1996) Filosofem
  (1997) Dauði Baldrs
  (1999) Hliðskjálf
  (2010) Belus


 Belus



  "Belus” resgata muito do que Varg fez de melhor em seus quatro primeiros discos e inclui riffs muito antigos que o músico havia composto antes do Burzum. “Belus Død”, como o título sugere, revisita “Jesu Død”, evocando o som característico do Burzum enquanto “Glemseles Elv”, a mais longa do disco, traz a natureza repetitiva e hipnótica de diversas composições antigas, mas com uma guitarra muito incomum para o black metal, soando significativamente acima do restante. Se “Kaimadalthas' Nedstigning” flerta com um thrash oitentista, com um trabalho de guitarra bastante interessante, a faixa seguinte, “Sverddans”, soa perdida no meio do disco, pois é um petardo thrash de dois minutos e meio, com direito a um solo bem old school.
  Além da ausência de música ambiente em "Belus", outro ponto a se considerar é a produção, que está bem mais madura. Embora persista a sensação de abafado e sujeira, o áudio soa mais poderoso do que o oferecido no passado, inclusive com uma atenção toda especial às linhas do contrabaixo, que aparecem o tempo todo, tendo grande importância em "Morgenrøde".O álbum se desenvolve com outras faixas interessantes como a breve "Sverddans", com um monte de influências do Thrash Metal  como já foi dito e, quem diria, com direito a solo de guitarra... "Tilbakekomst Belus (Konklusjon)" é a derradeira instrumental que, embora bastante repetitiva, se mostra eficaz em seus quase 10 minutos etéreos e meditativos.
  "Belus" mantém aquele jeitão alienado e oferecerá muitos atrativos ao público que curtiu trabalhos como "Hvis Lyset Tar Oss" (94) e "Filosofem" (96). Certamente não mudará em nada o status que o Burzum adquiriu, seja graças à música propriamente dita, seja pelas ações e reações de seu controverso mentor, mas é um retorno suficientemente satisfatório de um dos mais infames personagens do Heavy Metal da década de 1990.
  A combinação do estilo característico do Burzum com uma produção moderna, digital, me faz pensar em um tênue paralelo com “Death Magnetic”. Mas, nesse caso, diria que Varg teve mais mérito que James Hetfield e cia.

Belus - Burzum
(2010 - Byelobog Productions / PHD)

01. Leukes Renkespill (Introduksjon) [00:33]
02. Belus' Død [06:23]
03. Glemselens Elv [11:54]
04. Kaimadalthas' Nedstigning [06:43]
05. Sverddans [02:27]
06. Keliohesten [05:45]
07. Morgenroede [08:54]
08. Belus' Tilbakekomst (Konklusjon) [09:37]


Download 



Hliðskjálf



  Na mitologia nórdica antiga, Hlidskjalf era o trono de Odin (deus principal da mitologia nórdica), que lhe permitia ver em todos os mundos. Também enraizado na mitologia nórdica, diz-se que Hlidskjalf foi usado por Odin para encontrar Loki (o deus nórdico do Fogo), depois de ter fugido da cena em que ele matou Balder. Uma conexão talvez? A única pessoa que saberia com certeza  seria o mentor do Burzum, Varg Vikernes. O que se desenrola diante de nós, no novo estilo Burzum do ambiente orientado, poderia ser um rude conto da mitologia nórdica, visto que Vikernes já não escreve canções em Inglês ou até mesmo contribui vocals para o álbum.

  Na capa da Hlidskjalf é um retrato assustador do bosque solitário na calada da noite, com a lua brilhando, seu fantasma ameaçador e raios brancos para baixo através das árvores

   Não, não há guitarras. Não, não há qualquer canto. Não, não há qualquer baixo. Tudo o que temos aqui são efeitos eletrônicos e um teclado. Não é tecnicamente nem mesmo Black Metal , indo tão longe a ponto de nem sequer ser classificadas como metal, o shred  de Black Metal que você irá encontrar neste álbum inteiro é o nome Burzum. O que é criado aqui é uma forma muito dark  ambient mostrando o clima sombrio e desolado que Burzum retratou tão bem em oportunidades anteriores. A maior parte deste álbum pode ser comparado ao Tomhet, faixa do clássico Hvis Lyset Tar Oss, com um ritmo muito lento.

   A abertura de Der Tod Wuotans é bastante singular, com uma única batida de tambor atrás do teclado e sintetizadores, dando-lhe um tom distinto da era medieval. Ansuzgardaraiwo é um dos mais "pesada" faixas deste álbum, com um monte de bater efeitos eletrônicos que emitem um sentimento mais denso do que a maioria das outras canções. Die Liebe Nerpus é um favorito pessoal na sua simplicidade e efeito calmante. O teclado é muito importante aqui e joga uma linha serena e melancólica antes que ela seja mergulhado com outro teclado e que parece ser um prato no fundo. Die Kraft Des Mitgefuhls é outra faixa que traz as mais escuras e mais odioso lado deste álbum, surpreendentemente cria esta atmosfera com sons muito simplista.

  Com Hlidskjalf, Burzum mostra uma melhoria drástica sobre Daudi Baldrs, mas ainda fica muito aquém do que Burzum se fez no passado. Varg Vikernes é o melhor compositor do que isso, talvez se ele tivesse  tido acesso a instrumentos que normalmente usava(ele estava preso durante a relaização deste album), seria muito diferente. Se eu denomina se este album como Black Metal seria uma mentira deslavada, mas  o chamando de dark ambiente fica muito mais adequado. Um grande álbum para relaxar, um álbum ainda melhor para adormecer ao som, Hlidskjalf é um retrato grande do mundo obscuro,  que só Burzum e Varg Vikernes  habitam.
 
 Hliðskjálf (1999) - Burzum
01 - Tuistos Herz (06:13)
 02 - Der Tod Wuotans (06:43) 
 03 - Ansuzgardaraiwô (04:28
 04 - Die Liebe Nerþus' (02:14)
 05 - Frijôs Einsames Trauern (06:15) 
 06 - Einfühlungsvermögen (03:55) 
 07 - Frijôs Goldene Tränen (02:38
 08 - Der Weinende Hadnur (01:16)

Download 


Dauði Baldrs


  Uma extensão das sinfonias minimalista atonal das camadas progressivas e um  "tom" básico em relação à outras obras , se aproxima de um ideal mais complexo de estrutura de som e sua influência sobre os elementos da música, Dod Balder restringe o pop-like melodic tendências anteriores do classico album Burzum inspirado  ambientalmente em estruturas de "loop", com menos ênfase na cobertura e harmonização, em mutação completa de riff, a música é estruturalmente semelhante.
  Muitas vezes, a reutilização de temas familiares como  "Filosofem", esta música manipula uma mostra itinerante de antigos prazeres em uma narrativa ao seu caminho sinuoso, através das emoções esbcuras melhor descrito como uma fantasia  harmonizada concebidas em um sonho. Obscuridade reina nos padrões simples" anti riff" que cumpram a exigência de uma nota de só levar para uma tensão de constante envolvimento com seqüências melódicas modificando-se em tom sutil, mas estruturalmente de forma significativa, lançando dúvidas sobre a estrutura e dando-lhe o requisito da dupla romântica da natureza e o  "wanderlust" emocional. Se na caverna de Platão viu se uma silhueta, no castelo de Grishnack é a luz que está escondido sob a sombra.
  A natureza repetitiva do Dod Balder e à falta freqüente de instrumentos de percussão faz de Dod Balder um som "enjoativo" para os ouvintes modernos. No entanto, com o seu formato "Dead Can Dance" medieval que serve de  inspiração, as obras continuam a explorar o Burzum do início de maneiras talvez mais profundas do que Filosofem, que estagnou em melancólica, , aqui há uma nova austeridade  pessoal na malévola e a alma ninhada de natureza inquieta.

Dauði Baldrs - Burzum
(1997 - Misanthropy Productions) 

1. Daudi Baldrs (8:49)
2. Hermodr a Helferd (2:41)
3. Balferd Baldrs (6:05)
4. I Heimr Heljar (2:02)
5. Illa Tidandi (10:29)
6. Moti Ragnarokum (9:05)


  Burzum produz uma obra perturbadoramente obscura e romântica. Usando estruturas da música ambiente, onde ganha uma variante padrão circular  detalhando  cada iteração, incorporando as estruturas narrativas do Burzum anteriores, estes laços, são  mais notavelmente percebidos graças ao uso do épico  teclado opus que, emoldurado por espelho-imagem dá um so  de ruído ambiente percebidos como se fossem puramente guitarra. As três primeiras músicas define o formato "Odinpop" que torna este álbum para um grane números de fã o favorito: verso / refrão, com um desvio de transição longa que tece cada detalhe harmônico através de uma simples progressão, criando um som envolvente como uma versão microcósmica de Anton Bruckner," Sonic Cathedral "A abordagem em que os aspectos da harmonia foram adicionados ou subtraídos para criar uma estrutura prismática.
  As matrizes simples de percussão que são os seus ritmos enfatizados subjacentes fazem  um simples  jogo no corte de distorção da guitarra, a combinação de percussão e duração revelando os componentes de cada nota e acorde simultaneamente. Com uma técnica de dedilhar flexível e  um fluxo distorcido de notas em acordes e melodias, com um som hipnotizante com componentes mais simples de uma canção que cria um clima de ambigüidade do recombinance melódica do espaço musical que emerge...
  A emoção vem da voz rascante e distorcida para se fundir com a massa eletrônica orgânica do som, ritmo adepto para inserir as contorções do discurso com ferocidade e angústia desesperada. Como a maioria , é auto-indulgente à beira de ser "egodramatic", mas neste caso, um estado contemplativo retoma, em uma clareza de propósito destilada a simplicidade. Não é cortante, destrutiva  como versões anteriores, parece mais reflexivo e niilista, reconhecendo a prisão como um destino indiferente em um mundo tão repulsivo e estúpido.


Filosofem - Burzum
(1996 - Misanthropy Proctions)

1. Dunkelheit (7:03)
2. Jesus' Tod (8:38)
3. Erblicket die Töchter des Firmaments (7:51)
4. Gebrechlichkeit I (7:52)
5. Rundgang um die transzendentale Säule der Singularität (25:08)
6. Gebrechlichkeit II (7:53)




  Não há melhor exemplo de uma musica ponderada e metafórica que o album "Hvis Lyset Tar Oss".Composta de apenas 4 músicas, nenhuma das quais com menos de 7 minutos, este álbum é considerado por muitos como um dos melhores álbuns black metal de todos os tempos, e ele próprio Varg Vikernes disse que era o pico do período musical do Burzum. A melhor coisa sobre este álbum: uma atmosfera sonora musical que ele nunca combinou antes ou depois. 
  Houve pouca ou nenhuma atmosfera, no  álbum de estreia (embora "frio", riffs afiados e um sentimento geral obscuro). Os teclados são muito mais presentes neste álbum, do que nos anteriores, porque eles são usados em músicas instrumentais fora do  Dark ambient. Varg usa-os em todas as músicas.Considerado por muitos como um clássico do black metal, Hvis Lyset Tar Oss (tradução Inglês: If the Light Takes Us) apresenta o seu mais puro gênero na forma mais crua. Enquanto bandas como Ulver ,  tem o folk como influência clara , tais  passagens acústicas e cantos  limpos, Vikernes escolheu ir por um caminho mais pesado. As três primeiras faixas deste álbum são alguns das mais brutais, uma das mais implacáveis músicas que já ouvi. É surpreendente que o mesmo homem que  escreve uma canção como "Det Som En Gang Var", com seu peso extremo e vocais frenéticos, pode escrever o instrumental "Tomhet",cheio de teclados e um ambiente relaxante.Vikernes é realmente um gênio do black metal!
  Tudo somado, o álbum é um dos meus álbuns favoritos absolutos que eu já ouvi até agora . Ele tem uma atmosfera densa   e reflete realmente o que é a música  do Burzum : pensativo e atmosférico.  Este album é Varg Vikernes no seu melhor!

Hvis Lyset Tar Oss - Burzum
(1994 - Misanthropy Productions)

1. Det som en gang var (14:21)
2. Hvis lyset tar oss (8:05)
3. Inn i slottet fra drømmen (7:52)
4. Tomhet (14:12)
 
Download 

http://www.megaupload.com/?d=ITMCK7BY
http://www.megaupload.com/?d=5OQ2MRK1
http://rapidshare.com/files/379962499/Burzum_-_Hvis_lyset_tar_oss__1994_.rar


Det Som Engang Var


  Com este álbum, a intenção se torna " Black Metal/ambient" Burzum é "empurrado" a substituir as músicas mais narrativas e curtas por  "loops" e sons ambientais, o que significa que em vez de trabalhar a partir de um princípio de contar uma história através da mudança de riffs, a música cria um estado de espírito e, em seguida, seletivamente altera internamente, para fazer seu motivo final emerger de dentro. O resultado é  mais facilmente "apreendida" no álbum Burzum e que em muito aquém ficou da  promessa da banda.
  Um álbum conceitual que apresenta uma "topografia" de humor quanto as músicas do primeiro álbum , Det Som Var Engang é um híbrido entre o metal ambiente e as estruturas narrativas que fez com que o Black metal e o death metal surgisssem do "pântano" para o  "Metal popular". Assim como Blessed are the Sick do Morbid Angel serve de código para "destravar" os métodos da construção do death metal, este terceiro álbum do Burzum  explica o black metal e o confronto entre o antigo (narrativa) e o moderno (ambiente), resolvendo-os a uma visão primitiva sobre a vida, um holocausto espiritual que elimina os nossos sentimentos e julgamentos e substitui-os com a dura realidade de uma "noite fria na floresta".

 Det Som Engang Var - Burzum
(1993 - Misanthropy Productions)

1. Den onde kysten (2:20)
2. Key to the gate (5:14)
3. En ring til aa herske (7:10)
4. Lost Wisdom (4:38)
5. Han som reiste (4:51)
6. Naar himmelen klarner (3:50)
7. Snu mikrokosmos tegn (9:36)
8. Svarte troner (2:16) 

Download 

http://rapidshare.com/files/36666183/1993_-_Det_Som_Engang_Var.rar  (mp3  320 kbs)
http://www.megaupload.com/?d=4lpg4yzw   ( mp3 196 Kbs)